Azeite Alentejano
O azeite é um alimento associado à dieta mediterrânica e um ingrediente essencial na gastronomia alentejana.
Em 2018, o azeite alentejano foi premiado como o melhor do mundo.
O azeite, apelidado por Homero como ouro líquido, é o óleo extraído das azeitonas por processos exclusivamente mecânicos. Distingue-se dos outros óleos alimentares pelo seu sabor e aroma únicos e pela sua composição maioritariamente em ácidos gordos monoinsaturados, predominando o ácido oleico. Esta composição única faz do azeite uma das fontes de lípidos (gordura) mais saudáveis.
O consumo desta gordura de origem vegetal em quantidade moderada tem vindo a ser associada a um aumento da capacidade antioxidante e anti-inflamatória (devido à presença de compostos como a vitamina E, carotenoides e compostos fenólicos) e consequentemente à diminuição do risco cardiovascular e de doenças crónicas inflamatórias.
Devemos ter presente que o azeite apresenta um elevado valor energético e por isso o seu consumo deve ser moderado. De acordo com as recomendações da nova Roda dos Alimentos dentro do grupo das gorduras deve-se privilegiar o azeite e ser ingeridas diariamente 1-3 porções (1 porção = 10g de azeite = 90 Kcal = 1 colher de sopa)
Na cozinha tipicamente alentejana do restaurante SkyScape, o azeite tem uma forte presença e enriquece muito os nossos pratos. Convidamo-lo a provar os pratos típicos alentejanos preparados pelo nosso chef.
Alentejo Olive Oil
Olive oil is a product associated with the Mediterranean diet and an essential ingredient in the Alentejo cuisine.
In 2018, Alentejo olive oil was awarded as the best in the world.
Olive oil, nicknamed by Homer as liquid gold, is the oil extracted from olives by exclusively mechanical processes. It is distinguished from other edible oils for its unique flavour and aroma and for its composition mainly in monounsaturated fatty acids, predominantly oleic acid. This unique composition makes olive oil one of the healthiest sources of lipids (fat).
The consumption of this vegetable fat in moderate amounts has been associated with an increase in antioxidant and anti-inflammatory capacity (due to the presence of compounds such as vitamin E, carotenoids and phenolic compounds) and, consequently, a reduction in cardiovascular risk and chronic inflammatory diseases.
We must keep in mind that olive oil has a high energy value and therefore its consumption must be moderate. According to the recommendations of the new Food Pyramid within the fat group, olive oil should be privileged and 1-3 portions should be eaten daily (1 serving = 10g of oil = 90 Kcal = 1 tablespoon)
In the traditional Alentejo cuisine of the SkyScape restaurant, olive oil has a strong presence and enriches our dishes. We invite you to taste the typical Alentejo dishes prepared by our chef.
Photo by Pedro Filipe
Plantas aromáticas
As plantas aromáticas constituem propriedades benéficas à saúde e, para além disso, a sua utilização na cozinha é uma estratégia para a redução do sal. Além de aroma e sabor, acrescentam componentes voláteis, vitamina (A,C e complexo B), minerais (cálcio, fósforo, sódio, potássio e ferro) e fitoquímicos.
Apesar de se adicionar quantidades reduzidas de plantas aromáticas às nossas refeições, o potencial impacto biológico deste conteúdo não pode ser ignorado, sendo muitas delas fontes de antioxidantes naturais. Um dos principais grupos de antioxidantes presentes nas plantas aromáticas são os fitoquímicos.
Este componente é o responsável pelas propriedades atribuídas às plantas aromáticas, nomeadamente, no seu contributo para a prevenção de patologias cardiovasculares e cancro, assim como alterações do sistema reprodutivo e nervoso, e ainda como estimulante do sistema digestivo e potenciador do sistema imunitário. Para além disso, a utilização de plantas aromáticas está associada à baixa ingestão de sal.
Porque é que as plantas aromáticas se devem adicionar aos alimentos no fim da sua preparação? Algumas das propriedades das plantas aromáticas podem-se perder com processos de calor e desta forma estas devem ser adicionadas, sempre que possível, no fim das preparações. As plantas aromáticas são maioritariamente utilizadas na sua forma fresca, podendo ser comercializadas secas, embora percam algumas das suas propriedades.
As plantas aromáticas comumente utilizadas na cozinha típica alentejana são: os coentros, a hortelã, o louro, os orégãos, os poejos, entre outras. Estas plantas aromáticas combinadas com condimentos tradicionais, como cebola e o alho, podem ser encontrados nos pratos confecionados pelo nosso chef, tendo sempre por base a gastronomia alentejana.
Usos culinários dos condimentos mais utilizadas na gastronomia alentejana
Alho: refogados, temperar carne e peixe, confeção de arroz, açordas, sopas.
Estudos têm demonstrado que produtos derivados do alho têm vários efeitos benéficos no sistema imunológico e a nível cerebral e reduz o risco de alguns tipos de cancro.
Cebola: refogados, assados, temperar carne e peixe, sopas.
Uma dieta rica em cebolas reduz o risco de ocorrência de enfarte agudo do miocárdio.
Os compostos da cebola têm propriedades antifúngicas e antibacterianas.
Coentros: Saladas, sopas, caldos de peixe, frutos do mar, arroz, molhos, massas, favas, ervilhas e açordas.
Os constituintes dos coentros podem contribuir para o controlo da hiperlipidemia e facilitarem a diurese.
Hortelã: pratos salgados, aromatizar bebidas (sumos, chás), sopas e saladas.
Poejos: carnes, caldeirada de peixe, sopas.
Os compostos do poejo poderão ter ação antibacteriana, anti-inflamatória, anti-histamínica, broncodilatadora e fluidificante.
Louro: azeitonas, peixe, carne de porco.
A folha de louro exibe uma ampla gama de efeitos antidiabéticos e anti-inflamatórios. Para além disso pode auxiliar no controlo da hiperlipidemia.
Orégãos: saladas, molhos à base de tomate, carne, peixe, massas, pratos com queijo, guisados/estufados.
Os orégãos expressam propriedades antidiabéticas e anti-inflamatórios.
Salsa: sopas, saladas, peixe e carne.
Pode contribuir para o controlo da hiperglicemia e pode ser favorável no tratamento da hipertensão.
É importante realçar que estas plantas aromáticas e condimentos são ingeridos em pequenas quantidades, limitando assim a sua contribuição para a melhoria do estado de saúde.
Em caso de doença contacte um profissional de saúde.
Aromatic Herbs
Aromatic herbs are beneficial to health and, furthermore, their use in the kitchen is a strategy for reducing salt. Besides aroma and flavour, they add volatile components, vitamins (A, C and B complex), minerals (calcium, phosphorus, sodium, potassium and iron) and phytochemical.
Although we added reduced amounts of aromatic herbs to our meals, the potential biological impact of this content cannot be ignored, many of them being sources of natural antioxidants. One of the main groups of antioxidants present in aromatic herbs are phytochemicals.
This component is responsible for the properties attributed to aromatic herbs, namely, in their contribution to the prevention of cardiovascular pathologies and cancer, as well as changes in the reproductive and nervous system, and to stimulate the digestive system and enhance the immune system. In addition, the use of aromatic plants is associated with low salt intake.
Why should aromatic herbs be added to foods at the end of their preparation? Some of the properties of aromatic herbs can be lost with heat processes and therefore they should be added, whenever possible, at the end of the preparations. Aromatic plants are mostly used in their fresh form and can be sold dry, although they lose some of their properties.
The aromatic herbs typically used in the Alentejo cuisine are: coriander, mint, laurel, oregano, pennyroyal, among others. These plants combined with traditional condiments such as onions and garlic, can be found in the dishes made by our chef, always based on Alentejo cuisine.
Culinary uses of the most used condiments in Alentejo gastronomy
Garlic: sautéed, seasoning meat and fish, rice cooking, traditional açordas, soups.
Studies have shown that products derived from garlic have several beneficial effects on the immune system and the brain, and reduce the risk of some types of cancer.
Onions: sautéed, roasted, seasoned meat and fish, soups.
A diet rich in onions reduces the risk of acute myocardial infarction.
The onion compounds have antifungal and antibacterial properties.
Coriander: Salads, soups, fish soup, seafood, rice, sauces, pasta, fava beans, peas and traditional açordas.
Coriander constituents can contribute to the control of hyperlipidemia and facilitate diuresis.
Mint: savory dishes, flavour drinks (juices, teas), soups and salads
Pennyroyal: meats, fish stew, soups.
The pennyroyal compounds may have antibacterial, anti-inflammatory, antihistamine, bronchodilator and fluidizing action.
Laurel: olives, fish, pork.
The bay leaf exhibits a wide range of anti-diabetic and anti-inflammatory effects. In addition, it can help control hyperlipidemia.
Oregano: salads, tomato-based sauces, meat, fish, pasta, cheese dishes, stews.
Oregano expresses anti-diabetic and anti-inflammatory properties.
Parsley: soups, salads, fish and meat.
It can contribute to the control of hyperglycemia and can be favorable in the treatment of hypertension.
It’s important to note that these aromatic plants and condiments are ingested in small amounts, thus limiting their contribution to improving health.
In case of illness, contact a health professional.
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